O Olhanense perdeu este domingo por 2-1 no terreno do Estoril-Praia, em jogo da 16.ª jornada da Liga Vitalis, e colocou em risco a liderança, depois de ter jogado uma hora rduzido a 10 unidades.
Dois golos de cabeça de Luís Carlos, no segundo tempo (50 e 66 minutos), permitiram ao Estoril-Praia operar a reviravolta no marcador e impor a segunda derrota consecutiva ao Olhanense na prova, depois dos 3-0 averbados na última ronda, na visita ao Gil Vicente.
A equipa de Jorge Costa, que actuou em inferioridade desde o minuto 34, após expulsão de Steven Vitória, pode hoje perder para o Santa Clara o primeiro lugar, que ocupa desde a 10.ª ronda, caso os açorianos vençam na recepção ao Beira-Mar.
Na Amoreira, os algarvios dominaram toda a primeira parte e obrigaram o Estoril-Praia a actuar recuado, estendendo-se no terreno a espaços, sem causar grandes perturbações à defesa do Olhanense.
Com futebol mais envolvente e consistente, os visitantes chegaram vantagem aos 15 minutos, com Rui Duarte a concluir uma jogada rápida de Ukra.
Mas, depois de Márcio Ramos ter impedido o golo de João Paulo Oliveira, aos 18 minutos, Bruno Veríssimo cometeu um erro aos 34 minutos que transfigurou o cariz do encontro de forma irreversível.
A bola foi atrasada para o guarda-redes do Olhanense e este pretendeu devolvê-la ao meio campo, mas o remate saíu muito defeituoso, permitindo a Manuel Curto captá-la e correr para a área sozinho.
Steven Vitória acorreu e, fora da área, cortou a bola, sem evitar o derrube do avançado do Estoril-Praia, com o árbitro Augusto Costa a considerar falta para cartão vermelho.
Com a expulsão de Steven Vitória, Jorge Costa abdicou do avançado João Paulo Oliveira, que se estreou no Olhanense, cedido por empréstimo pelo Belenenses, para colocar um defesa e não perder o equilíbrio defensivo.
O segundo tempo revelou um Estoril-Praia dominador, beneficiando do facto de actuar com mais uma unidade, e no espaço de 16 minutos, Luís Carlos, de pequena estatura, surgiu solto na área por duas vezes para, de cabeça, marcar dois golos e manter a invencibilidade dos estorilistas em casa no campeonato.
A formação algarvia perdeu capacidade atacante - os lampejos de Ukra foram inconsequentes - e Jorge Costa apostou em dar outra dinâmica aos 78 minutos com as entradas de André Carvalhas e Moses, com este último a recuperar a referência atacante que perdeu com a saída de João Paulo Oliveira.
O treinador do Estoril, João Carlos Pereira, reforçou o meio campo e manteve a agressividade e a vantagem justa, frente a uma equipa de qualidade superior, mas que foi afectada pelo lance em que o árbitro ajuizou erradamente.
Jogo no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril
Árbitro: Augusto Costa (Aveiro).
Assistência: cerca de 300 espectadores.
Marcadores: 0-1, Rui Duarte, 15 minutos; 1-1, Luís Carlos, 50; 2-1, Luís Carlos, 66.
Estoril: Márcio Ramos, Marco Silva, Miguel Oliveira, Dorival, Eduardo, Ângelo Varela, Barge, Ivan (Miguel Rosa, 64), Marco Bicho, Luís Carlos (Alexandre, 83) e Manuel Curto (Cesinha, 69).
Olhanense: Bruno Veríssimo, João Gonçalves, Marco Couto, Steven Vitória, Bruno Mestre, Messi, Rui Baião (Moses, 78), Rui Duarte, Toy (André Carvalhas, 78), Ukra e João Paulo Oliveira (Javier, 38)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Steven Vitória (30), Ângelo Varela (60), Bruno Mestre (65), Barge (75) e Rui Duarte (85). Cartão vermelho directo para Steven Vitória (34).
GRANDE ESTORIL!
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